Qual felicidade queremos?
Álvaro Aleixo Martins Capute
Professor e Bacharel em Ciências Humanas
Sócrates e
Freud são dois dos pensadores mais influentes da história, e suas visões sobre
a felicidade e a psicologia humana são bastante diferentes. No entanto, ambos
concordariam que a busca pela felicidade é essencial para uma vida plena e
satisfatória.
Para
Sócrates, a felicidade é alcançada através da busca pelo conhecimento e pela
verdade. Ele acreditava que a virtude e a sabedoria eram as chaves para uma
vida significativa, e que a busca pela verdade era mais importante do que a
busca por coisas superficiais e efêmeras.
Por outro
lado, Freud julgava que a felicidade era alcançada através do equilíbrio entre
as nossas necessidades instintivas e as demandas da sociedade. Ele argumentava
que a psicanálise podia nos ajudar a entender e lidar com as nossas emoções e
desejos inconscientes, permitindo-nos encontrar um equilíbrio saudável e
alcançar uma vida mais satisfatória.
No entanto,
a vida moderna é frequentemente caracterizada pela futilidade e pelo consumismo
excessivo. Estamos constantemente cercados por mensagens publicitárias que nos
dizem que a felicidade é encontrada nas coisas materiais, e muitas vezes nos
esquecemos das coisas mais importantes da vida, como a busca pelo conhecimento
e a construção de relacionamentos significativos.
Esse estilo
de vida pode ter impactos graves na saúde mental e na qualidade de vida. A
busca pela felicidade através do consumo excessivo muitas vezes leva a uma
sensação de vazio e insatisfação, enquanto a falta de conexões sociais
significativas pode levar a sentimentos de isolamento e solidão.
Além disso, a constante exposição às redes sociais e à cultura de comparação pode aumentar a ansiedade e a depressão, levando a uma diminuição do bem-estar e a problemas de saúde mental mais complicados.
Em suma, a futilidade e a busca por coisas superficiais e efêmeras são adversidades preocupantes na sociedade moderna. Embora a busca pela felicidade seja um objetivo nobre, a ênfase excessiva em bens materiais e prazeres superficiais pode ter impactos negativos na saúde mental e na qualidade de vida. Devemos nos lembrar das lições de Sócrates e Freud, e procurar uma vida mais significativa através da busca pelo conhecimento, da construção de relacionamentos saudáveis e do esforço por um equilíbrio saudável entre nossas necessidades instintivas e as demandas da sociedade.
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