Do crime organizado aos atos de vandalismo: como a anomia social afeta a segurança pública
Álvaro Aleixo Martins Capute
Professor e Bacharel em Ciências Humanas
Émile Durkheim, um dos fundadores da Sociologia, elaborou o conceito de anomia para descrever situações em que as normas e valores sociais se tornam frágeis ou ineficazes, levando à desorientação e ao comportamento desviante. Nesse contexto, a relação entre violência, criminalidade e segurança pública pode ser compreendida a partir da anomia social que pode se instaurar em determinados momentos e lugares.
Os atos criminosos, como o crime organizado, as facções criminosas, o vandalismo, a agressão, o justiçamento, o saqueamento, os roubos, os assaltos e as tentativas de homicídio, podem ser entendidos como manifestações de comportamentos desviantes que surgem em situações de anomia social. Quando as normas e valores sociais não são efetivas para regulamentar a conduta das pessoas, elas podem buscar outras formas de satisfazer suas necessidades e interesses, muitas vezes utilizando a violência.
O crime organizado e as facções criminosas, por exemplo, são exemplos de grupos que surgem em contextos de anomia social, aproveitando-se da fragilidade das normas e da incapacidade do Estado em garantir a segurança pública. Esses grupos buscam controlar territórios, atividades ilegais e recursos econômicos, utilizando a violência como meio para manter sua posição e eliminar concorrentes.
O vandalismo, a agressão, o justiçamento, o saqueamento, os roubos, os assaltos e as tentativas de homicídio também podem ser compreendidos como comportamentos desviantes que surgem em contextos de anomia social. Quando as normas e valores sociais são insuficientes para regular a conduta das pessoas, elas podem buscar outras formas de satisfazer suas necessidades e interesses, muitas vezes utilizando a violência como meio.
Nesse sentido, a segurança pública tem o papel de prevenir e reprimir a criminalidade, garantindo a ordem e a proteção da população. Para isso, é necessário que as instituições e políticas públicas sejam eficazes no combate à anomia social e à violência, regulamentando a conduta das pessoas, garantindo o cumprimento das leis e promovendo o respeito aos valores sociais.
No entanto, a superação da anomia social não depende apenas da atuação da segurança pública, mas também de mudanças estruturais e sociais mais amplas, como a redução da desigualdade, a promoção da educação, a garantia do acesso aos serviços públicos e a valorização dos direitos humanos. Dessa forma, a prevenção da violência e da criminalidade deve ser abordada de forma integrada, considerando tanto as questões estruturais quanto a atuação das instituições responsáveis pela segurança pública.
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